quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Aula de início da Especialização em Conservação Arquitetônica

É isso, esta sexta começa nossa primeira pós-graduação da área de Arquitetura e Urbanismo, uma especialização forte, com um time de grandes professores e especialistas, muitos laboratórios, enfim, será um curso e tanto. Bem a aula de início será com a maior autoridade em patrimônio no estado, o Prof. Custódio, que dispensa apresentações.

Parabéns a Profa. Sandra Barella e todos envolvidos na construção desse projeto.
Aos alunos que voltam ao Campus 8, sejam bem vindos à sua casa!



Curso de Especialização em Conservação Arquitetônica: Diagnóstico e Intervenção

Aula de Início proferida pelo Prof. Dr. Luiz Antônio Custódio, sobre o tema: Fundamentação e Problemática: Conservação e Restauração.

Coordenação: Profa. Ma. Sandra Maria Favero Barella

Data: 01 de setembro de 2017 – sexta-feira
Horário: 18h
Local: Sala da Reitoria do Campus 8
Av. Frederico Segala, 3099 (RS 122 KM 69) Bairro Samuara - Caxias do Sul/RS

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Cursos de Extensão no CARVI


Pessoal, tá aí os cursos de extensão no CARVI esse semestre. Vamos aproveitar e fazer algumas horas complementares!

terça-feira, 29 de agosto de 2017

III Congresso da AEARV começa nesta quinta!

 

Nesta quinta começa o III Congresso da AEARV e vem com uma programação excelente, deem uma olhada:

31 AGOSTO (QUINTA-FEIRA):

Arquiteto Mario Biselli – Habitação e Cidade
NEX Group -Engenheira Raquel H Reck e Engenheiro Luiz Carlos Carini Medeiros – Comitê de boas práticas: Resultados de uma participação colaborativa entre planejamento e produção.
Engenheiro Luiz Carlos Pinto Silva Filho – Tendências emergentes em materiais e sistemas de construção
Arquitetos Domingos Pascali e Sarkis Semerdjian – O Experimento na Arquitetura
Arquiteto Luiz Merino Xavier – A preservação do patrimônio como estratégia de desenvolvimento
AT Arquitetura – Arquiteto Tarso Carneiro – A relação do espaço construído com a cidade – caso do Campus Unisinos Porto Alegre



01 SETEMBRO (SEXTA-FEIRA):

Engenheiro Marcus Daniel – Interação e qualidade entre unidades habitacionais – atendendo a Norma de desempenho
Wikihaus Incorporadora (Eduardo K. Pricladnitzki) – A colaboração como o futuro da incorporação imobiliária
Engenheiro Daniel Pagnussat – A importância da Especificação e Controle Tecnológico de Materiais e Sistemas Construtivos
Arquiteto Edson Matsuo – Para um mundo colaborativo qual o seu IKIGAI?
Arquiteto Marcelo Ferraz – O passado no presente
Studio Arthur Casas (Gabriel Ranieri) – Projeto Studio Arthur Casas

Chamei a atenção para o Arq. Luiz Merino, nosso professor, Eng. Daniel Pagnussat, da hashtag #voltapagnussat e do Arq. Marcelo Ferraz, que é uma referência hoje na arquitetura brasileira e volta e meia vem na UCS dar uma de suas excelentes palestras.


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sábado, 26 de agosto de 2017

Lições de Arquitetura

Peguei essa excelente imagem do livro do blog de uma aluna de arquitetura de Minas. (fonte: http://mcalcantara.blogspot.com/2008/09/lies-de-arquitetura-herman-hertzberger.html)
Seguindo com livros que considero fundamentais para a formação de um bom arquiteto e urbanista, hoje vou falar do clássico, talvez o melhor de todos para ajudar a projetar: Lições de Arquitetura, de Herman Hertzberger. O livro é dividido em três partes: a) Domínio Público; b) Criando Espaço, Deixando Espaço, e, c) Forma Convidativa. Os títulos por si só já são bem interessantes.
Na primeira parte Hertzberger nos apresenta, de forma clara e inteligente toda a importância de compreender bem a relação público X privado num projeto, como esse espaço, que chama de "intervalo", entre os dois é responsável pelo sucesso de um projeto.

Na segunda parte nos faz perceber a união intrínseca entre forma e programa, como um influência diretamente no bom resultado do outro, e por consequência do projeto.

Para fechar, nos mostra na terceira parte como o desenho do arquiteto, como sua capacidade de resolver cada espaço com uma forma "convidativa" é o seu grande instrumento, que desde como projeta grandes e pequenos espaços, estruturas e fechamentos, pode o fazer de modo a convidar as pessoas ao seu uso, transformando cada pedaço de seu projeto em um lugar. Nas palavras do autor:
Quando examinamos um dos muitos livros sobre arquitetura que estão sendo publicados hoje em dia e vemos todas aquelas fotografias brilhantes, tiradas, sem exceção, em perfeitas condições de tempo, não podemos deixar de nos perguntar o que se passa nas mentes dos arquitetos, como eles veêm o mundo; às vezes chego a pensar que eles têm uma profissão diferente da minha! Pois a arquitetura não pode ser outra coisa senão o interesse pela vida cotidiana...
Que as faço minhas... particularmente, desde que li e compreendi esse livro mudei totalmente meu modo de ver e fazer arquitetura.

Esse é de ter em casa, se puderem, comprem!

Hertzberger, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo: Martins Fontes. 1999. 2ed.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Curso de cenografia no C8

Quem assistiu ao espetáculo "O Fantasma da Ópera", que foi feito pelos alunos dos vários cursos do C8 com orientação dos professores, pode ter uma ideia do que vem aí no curso de cenografia que a nossa querida professora Roberta Tiburri vai ministrar e trabalhou no "Fantasma".

Além de nossa professora, a Roberta tem enorme experiência na área da cenografia, com experiência de montagem de cenários para espetáculos em grandes metrópoles, como São Paulo, além de formação específica no Rio. E claro, valem como atividade complementar...

Cenografia - Módulo I
Caxias do Sul - De 12 de setembro a 12 de dezembro de 2017

Terças-feiras, das 14h às 16h30min, sala 302 - Campus 8
Carga horária de 35 horas - Válidas como atividades complementares
Ministrante: Roberta Alina Boeira Tiburri, Universidade de Caxias do Sul

Programa: O que é cenografia; A função do cenógrafo no espetáculo; Áreas de atuação do cenógrafo; Esclarecimento de conceitos: cenografia, cenotécnica e arquitetura teatral; A equipe da cenografia;  Relação entre cenografia, iluminação cênica e figurinos; A evolução do espaço cênico; Tipologias de espaços cênicos; Noções de arquitetura cênica; Os elementos da caixa cênica. Visita técnica ao local do espetáculo; Breve história da cenografia e da iluminação teatral; Estudos de caso: do conceito ao projeto.; Decupagem do texto; Pesquisa de referências; Criação de painel semântico; Técnicas construtivas e materiais alternativos; Projeto de cenografia; Execução de maquete.

+ em

Fotinho só pra lembrar da apresentação do Fantasma da Ópera no dia 6 de julho deste ano.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Quintas das Artes: XI Salão Campus 8 - Cidade das Artes e 4º Prêmio Koralle

quintas das artes com a professora mara galvani...

"Querido estudante dos cursos Bacharelado e Licenciatura em Artes Visuais, Arquitetura e Urbanismo, Design, Licenciatura em Música, Tecnologia em Design de Interiores, Tecnologia em Design de Moda, Bacharelado em Publicidade e Propaganda, Tecnologia em Fotografia e Tecnologias Digitais da UCS, faça como a acadêmica do Bacharelado em Artes Visuais, Marina Rombaldi, vencedora do 9º Salão Campus 8 - Cidade das Artes e 4º Prêmio Koralle e participe do

XI Salão Campus 8 - Cidade das Artes e 4º Prêmio Koralle!
Inscrições: De 28 de agosto a 6 de setembro de 2017.
A vencedora da última edição, Marina Rombaldi. Foto Bem Hur Ribeiro

Abertura da Exposição e premiação: 19 de setembro de 2017, às 19h40min, no hall inferior do Campus 8
Visitação da Exposição com os trabalhos selecionados e premiados: De 20 a 29 de setembro.

Itinerância: no mês de outubro de 2017, no Quiosque de Exposições do Campus-sede da UCS e no mês de novembro, no Centro Municipal de Cultura Dr.
Henrique Ordovás Filho, através da Unidade de Artes Visuais - Secretaria da Cultura - Prefeitura de Caxias do Sul

Os selecionados receberão atestados de 16 horas que poderá ser aproveitado como Atividades Complementares!

Leia o Regulamento, confira as premiações! Dê visibilidade à sua Produção! Inscreva-se e Participe!"

http://www.ucs.br/site/midia/arquivos/regulamento-XI-salao-4-premio-koralle.pdf

MARA APARECIDA MAGERO GALVANI
Coordenadora Mostra UCS Campus 8
ARTES - Área do Conhecimento de Artes e Arquitetura
Campus 8
Fone: 54 3289-9000 Ramal 9008

Abertura do último Salão. Foto Bem Hur Ribeiro

Casa cheia no CARVI para apresentação do Primeiro Concurso Cinex "Vitrum Arte"

Alunos da Arquitetura e Design encheram o auditório do Bloco J para a apresentação do concurso. 
A Cinex, que é uma empresa de ponta no mundo na fabricação de vidros, seja para produtos e mobiliário, seja para arquitetura, em parceria com a UCS está lançando um concurso muito interessante, o Primeiro Concurso Cinex "Vitrum Arte" de Design de Superfície em vidro especialmente dedicado aos alunos dos cursos de Design, Arquitetura, Design de Moda, Design de Interiores e Artes da nossa universidade.


A apresentação institucional da Cinex empolgou, de fato é impressionante a qualidade de seu produto e inserção no mercado mundial. O concurso não ficou atrás: os alunos proporão design de estampas inovadores para impressão nos vidros, com premiação muito boa, que inclui viagem a São Paulo para Bienal de Arquitetura, entre outros.

Excelente oportunidade de participar de um concurso, aproveitem!

+ info

com os professores do curso de Design da UCS, que promove o concurso junto com a Cinex:
Ana Valquíria _ avpruden@ucs.br
Douglas _ dopastor@ucs.br
Mateus _ mzanatt2@ucs.br

Parabéns ao pessoal do Design!

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Curso de AutoCAD 2D e Dry Wall no C8

Sistema Construtivo Gypsum Drywall
De 5 de setembro a 24 de outubro de 2017

Aulas às terças-feiras, das 19h30min às 22h30min, sala 320 - Campus 8

Carga horária de 24 horas - Válidas como atividades complementares
Ministrante: Franciele Bareta, arquiteta e urbanista
Público-Alvo: Acadêmicos e profissionais da área de Arquitetura.

Programa: Histórico do sistema Drywall; Apresentação de materiais e normas técnicas; Sistema de paredes: tipologias, recomendações e detalhamentos técnicos; Sistema de forros: tipologias, recomendações e detalhamentos técnicos; Especificações: análises de desempenho adequado para cada situação de projeto; Montagem do projeto

+ em
http://www.ucs.br/site/extensao/artes-arquitetura-e-design/104/


AutoCAD 2D - Básico
Caxias do Sul - Campus 8

Carga horária de 30 horas - Válidas como atividades complementares
Ministrante: Márcio Rodrigo Masotti, arquiteto

Turma 1 - De 14 de setembro a 30 de novembro de 2017
Aulas às quintas-feiras, das 13h30min às 16h30min, no Bloco 1, sala 311

Turma 2 - De 15 de setembro a 1º de dezembro de 2017
Aulas às sextas-feiras, das 19h30min às 22h30min, no Bloco 1, sala 311

Programa: Conceitos iniciais e apresentação do programa; Ferramentas básicas; Comandos de desenho e visualização; Comandos de edição; Blocos e hachuras; Model paper space; Desenho de elementos arquitetônicos; Desenho de figuras bidimensionais; Configuração de cotas e impressão

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Quintas das Artes, com Mara Galvani



Quem estuda ou frequenta o Campus 8 conhece nossa Galeria de Arte que fica no hall de acesso, com exposições sempre muito interessantes, com artistas de renome, revelações, e outros... pois bem, quem cuida desse projeto e é curadora de parte das exposições é nossa querida professora Mara Galvani.

E essa é a novidade do blog: nas quintas-feiras ela terá um post exclusivo dela, seja para divulgar as exposições, cursos, produções no Campus 8 e região ou comentar e discutir um pouco de Arte com vocês. Será bem legal!!!

Acima o cartaz da exposição mais recente da Galeria de Arte do C8: ANIMA, de Gustavo Pozza.

De 16 a 28 de agosto de 2017, no Hall inferior do Campus 8
Coordenação Projeto Mostra UCS Campus 8 Cidade das Artes
Profa. Ma. Mara Galvani

+ em

http://www.ucs.br/site/programa-linguagens- da-arte/mostra- campus-8/

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Montevideo: sem palavras, leia o post, melhor, vá logo conhecer!

Vista do fim de tarde na Escollera Sarandi (moles) na belíssima Ciudad Vieja (Cidade Velha), o centro histórico de Montevideo. Depois de se apaixonarem por Buenos Aires os alunos não acreditavam que poderia ser melhor, mas foi. Montevideo é como Copenhagen, só que nas margens do Rio da Plata, é uma cidade que se vai descobrindo aos poucos seus encantos, como num bar - restaurante - inferninho bem no coração da Ciudad Vieja, o La Commedia, onde, entre muitas media-y-media, nasceu o Confusión Lounge.
É difícil acreditar que depois de São Paulo, Amsterdam, Tóquio, Copenhagem e Buenos Aires ainda ia ter chance para Montevideo, pois bem, era o que os alunos acreditavam depois de saírem de Buenos Aires, nada poderia ser melhor. Mas foi. A razão é simples, Montevideo tem aquele ar denso de cultura onde sentar ao café com os amigos e levar horas conversando é mais importante que um ter fazer hora extra no trabalho. Também é mais parecida com a gente... eles são gauchos de fato, como nosotros.
O prédio da ANTEL visto do acesso Sudeste por baixo de pérgolas que fazem o primeiro intervalo da rua para a área aberta, uma praça, que recepciona quem chega.
Foram muitos passeios, sendo que a visita a Faculdade de Arquitetura foi marcante para os alunos, pois considero-a a melhor escola da América Latina (percebam que se um país de 3 milhões de habitantes produz mais arquitetos de renome internacional que o Brasil e seus 200 milhões deve ter alguma razão) e todos puderam aprender muito nas visitas aos tallieres. A noite também foi muito divertida, pois o La Commedia, um bar-restaurante-inferninho na Ciudad Vieja acabou sendo escolhido como ponto obrigatória antes da turma seguir para se "acabar" (depois da janta e de uma boa conversa eu voltava pro hotel, vamos deixar isso bem claro) e foi no meio de um desses jantares que o Confusión nasceu. Numa confusão tentando juntar todos os cursos do C8 no lounge, (aquele do post de Buenos Aires) a Raquel e a Roberta falaram o nome de outro bar que viram - confusión - confusão + fusão... Confusión Lounge, era perfeito. Faltava pensar num evento, um show, e então as luzes sobre Vivian León brilharam... tudo fechou. Foi muito legal, saudades daquela turma: Monica, Márcio, Vivian, Juliano, Fernanda, Marcelo, Raquel, Roberta, Gini, enfim, todo pessoal que foi.

O momento de maior impacto e emoção de toda a viagem, a visita ao Memorial en Recordación de los Detenidos Desaparecidos, um monumento aos presos políticos desaparecidos no período da ditatura no Uruguai. Uma das mais belos obras que já vi erigida para lembrar daqueles que se sumiram vítimas do regime autoritário e desumano. Ele foi fruto de um concurso público vencido pelos Arqts. Martha Kohen y Ruben Oter, inaugurado em 2001.
Numa tarde levei-os para um passeio inesquecível. Como a maioria dos alunos tinha menos de 30 anos, poucos sequer sabiam de tudo que havia acontecido na América do Sul nos chamados anos de chumbo, assim, fomos ao Memorial em Recordación de los Detenidos Desaparecidos, que também é um lindo monumento. Chegando lá conversei por horas com eles, contei-lhes a história de autoritarismo e desreipeito aos direitos humanos que Brasil, Chile, Argentina e Uruguai viveram nas décadas de 60 até 80. Aqui não vou alongar, mas pelos rostos emocionados dos alunos olhando o belo monumento de vidro, com o nome de centenas de pessoas que seus familiares ainda lutam para descobrir o que lhes aconteceu, posso garantir-lhes que é muito importante ir conhecê-lo.

O memorial é uma obra prima conceitual. Sobre o solo descoberto afloram as pedras que são como a cicatriz ainda aberta de toda uma nação, onde, um corredor com paredes espessas de vidro em ambos lados lê-se os nomes de mais de uma centena de pessoas que simplesmente desapareceram durante o regime. Os nomes podem ser lidos através do vidro como que flutuando sem destino. O que mais dói é pensar que até hoje seus pais, filhos, familiares, amigos não sabem o que lhes aconteceu... provavelmente, pior dor que perder quem se ama é ser privado de seu luto. 
No Uruguai estima-se que além dos 142 desaparecidos, mais uma centena perderam sua vida e que 20% de toda população foi presa em algum momento. O mais assustador: acredita-se que 10% da população do país foi torturada. São números impressionantes que fazem refletir sobre a como chegamos a isso... e serve como uma lembrança de sempre cuidar da nossa democracia, pois devemos a ela nosso direito de falar, pensar, e não ser preso, torturado e morto por isso.
Noutro monumento lindíssimo (bem ao fundo) que fica nas Ramblas de Montevideo em memória das vitimas do Holocausto, vemos as meninas Giana, Bruna Reis, Ana Carolina e Bruna Andreazza. Na época eram minhas alunas em Expressão e Representação I, do 1º semestre, hoje em dia já são arquitetas...
Depois de sair do Memorial dos Detenidos Desaparecidos um grande passeio pelas Ramblas, que são os belos passeios por toda orla e lá mais um monumento de impacto, porém em memória das vítimas de outra atrocidade: o Holocausto. Teve também a visita ao centro histórico, o Liceu, Punta Carreras, mas aí vai ter que votar em Montevideo para saber.

Uma última parada no Balneário Atlantida, do lado de Montevideo, para ver a magnífica Igreja do Cristo Obrero, do grande arquiteto uruguaio Eládio Diestes. Toda em cerâmica, a forma estrutura a edificação sem a necessidade de concreto armada, vencendo os vãos apenas com tijolos.

Bem, de Montevideo era isso aí... agora vamos para Paris, a Cidade Luz!


sábado, 19 de agosto de 2017

Buenos Aires encanta...

Bem vindos a Buenos Aires... eu nem sei quantas vezes estive lá, mas não esqueço as duas vezes que fui com os alunos levando-os numa viagem orientada em 2004 e de novo em 2006. Acima, na segunda viagem, na clássica Avenida 9 de Julho parte do grupo (eram 33 ao todo) com o obelisco ao fundo.
Em 2004, recém chegado ao curso de Arquitetura e Urbanismo aqui da UCS fui convidado pelo DAAU para ser o professor orientador na tradicional viagem de férias que eles sempre promoviam (que deve ser resgatada o quanto antes, diga-se de passagem) com a missão de fazer um bom roteiro nos países platinos. Melhor impossível, sou fã de carteirinha dos nossos vizinhos. Assim, levei-os a Buenos Aires, La Plata (Argentina) Colônia del Sacramiento, Montevideo e uma passadinha rápida em Atlántida para ver a bela igreja Cristo Obrero, projetada pelo grande Arq. Eládio Diestes e um fim de tarde em Punta. Mas Buenos Aires por si só encanta, e os alunos se apaixonam. Não podia ser diferente, deu tão certo que dois anos depois fizemos o bis. E sobre esta segunda viagem que vou contar uma estória.
 
O MALBA, primeira visita. O Museu é uma obra de arquitetura exemplar. A foto mostra o cuidado no intervalo entre o passeio e o acesso do museu. Percebe-se o desenvolvimento e sofisticação de uma cidade pelo trato nessa parte. Aqui, geralmente fazemos a rua, afastamos e colocamos o prédio, o entorno é o que sobra.
Depois de alojar os 33 alunos e levá-los para uma saída rápida - livre - de noite, na manhã seguinte, o roteiro era o MALBA, para começar bem. Durante o café, a Monica Frizon, a Vivi Schiavenin e o Márcio Zanella discutiam comigo o que o Taliesem (na época todos estávamos envolvidos no Escritório Modelo, eu estreando) iria fazer na Semana Acadêmica e surgiu que deveria ser algo relacionado com a viagem e que integrasse todos cursos. Pensamos, faremos um café porteño no C8 - um lounge! Mal sabíamos que ali começava uma longa e inesquecível estória... mas não se animem muito, não vou contar tudo neste post, no de Montevideo eu termino, pois foi lá que tudo aconteceu.

As meninas aproveitando a ótima livraria do museu... nesta viagem que a Vivian (esq) revelou-se Vivian León, a estrela do Confusión Lounge, aqui com a colega Liana.
Ao chegar ao MALBA os queixos começam a cair, a arquitetura e principalmente a relação com o entorno impressionam, não somos acostumados com isso por aqui. O interior do prédio segue o mesmo estilo sofisticado. Pronto, a paixão por Buenos Aires começa a florir em todos alunos, agora era levar eles a esta cidade que á considerada a Paris da América.

Em direção so Puerto Madero, uma galeria sobre os prédios que define um intervalo público X privado exemplar da parte antiga da cidade.
Recoleta, Puerto Madero, Calle Florida, o Centro Histórico, Palermo, Palermo Hollywood, a famosa UBA,(Universidad de Buenos Aires) e um pulo em La Plata, enfim, dia após dia, em uma rua mais bela que a outra, com seus café e livrarias fantásticas, ou seria melhor, noite após noite, em seus ótimos restaurante, de em bar, ou em inferninhos, (que fique claro, eu só ia até o restaurante, depois voltava para o hotel, mas a cara de acabados dos alunos no café da manhã entregava) os alunos começavam a se tornar verdadeiros porteños, inclusive, no sotaque.

La Boca... as meninas aproveitando o bairro característico.
Depois de conhecerem e se apaixonarem por Buenos Aires, que acorda às 9h e vai dormir às 2h da manhã, (se é que dorme) antes de voltar, o toque final: o tradicional bairro La Boca. Suas ruas apertadas com suas inusitadas casas feitas com o contra-peso dos barcos que iam carregados para a Europa, mas voltavam quase vazios. Assim, os enchiam de telhas metálicas velhas para que navios mantivessem o equilíbrio no mar. Quando chegavam aqui, as telhas eram jogadas fora, e a população do modesto bairro na "boca" do rio, aproveitavam-as para fazer suas casas, pintando-as com as cores que dispunham. Ali nasceu o Tango mais tradicional de Buenos Aires, um lugar inesquecível e o clube mais vencedor da história: o Boca Juniors, dos craques Maradona e Messi e tantos outros.

O difícil foi embarcar a turma no ônibus para levá-los embora... apaixonaram-se. Buenos Aires encanta.
Bem, era só o início da viagem e os alunos não queriam ir embora, mas com algum esforço consegui colocar todos no ônibus, claro, não é o da foto, que foi apenas uma brincadeira da turma. A frente da fila está Juliano Garibaldi, que era do DAAU, e foi peça fundamental na concepção do Confusión, pois juntavam se naquela viagem não apenas os alunos do curso, mas também o Taliesem e o DAAU. Dali seguimos para o Uruguai numa viagem inesquecível.

Próxima parada: Montevideo. Ao fundo o prédio da ANTEL (telefonia uruguaia) do reconhecido Arq. Carlos Ott. (como pode um país pequeno desses, com população bem inferior a do RS, ter tanto arquiteto mundialmente reconhecido? Explico no post) A capital uruguaia me dá a mesma sensação de Copenhagen, gostaria de morar lá. Tem aquela densidade cultural dos porteños (mas não a soberba) e a simplicidade e acolhida típica dos povos do pampa, os gauchos. Conhecem?

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

“Não somos invisíveis!” no Campus 8

Nenhum texto alternativo automático disponível.
Foto: Claudia Velho

Belíssima exposição da serie "coisas que só o Campus 8 tem..."

“Não somos invisíveis!”

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Foto: Claudia Velho

... de Dione Martins Xadalu, com curadoria de Silvana Boone.

Na Galeria de Arte do Campus 8, aberta à visitação até 28 de agosto, integrando a programação da 10ª Semana da Fotografia.

A imagem pode conter: 3 pessoas, área interna
Foto: Claudia Velho


quinta-feira, 17 de agosto de 2017

TaliesEM no "Arquitetos Rebeldes"



O TaliesEM é o escritório modelo do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Caxias do Sul. Surgiu em 2003 através de uma iniciativa estudantil com o intuito de promover o papel social da Arquitetura. O principal objetivo do escritório é a interação entre Universidade e Comunidade e, através do trabalho voluntário contribuir para uma cidade mais justa e acessível a todos. Atualmente, o escritório conta com 17 integrantes e participa de vários projetos dentro da instituição e junto à comunidade de Caxias do Sul.


Nos dias 25 e 26/08 a Profª Terezinha Buchebuan participará com alguns alunos do TaliesEM de um evento em Laguna/SC que chama: Arquitetos Rebeldes - II Simpósio Sul-brasileiro sobre as Políticas de Habitação. Além do Simpósio, haverá um encontro dos Escritório Modelos da Região Sul. O TaliesEM também terá um pôster a ser exposto no evento, além de sua publicação na Revista Canteiro, relativos ao trabalho que desenvolveram na Comunidade Beltrão de Queiroz.

Os integrantes do Taliesem que fizeram parte do Projeto Euzébio Beltrão de Queiroz foram a Aline Duarte, Ana Letícia Zenere Rodrigues, Dionatan Seehaber Bertelli, Elis Oleas, Erica Rodrigues, Luiza Signori e Valdinei Garcia Junior orientados pela Profª. Terezinha. As imagens são do projeto para Praça Esperança, neste trabalho junto a comunidade Beltrão de Queiroz.

Parabéns ao TaliesEM, e convido todos alunos que tenham interesse em ações sociais a participar do TaliesEM também!




quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Saindo da graduação, vamos para a pós-graduação!


Como comentei, a primavera chegou antes pra nós, e não só na graduação, mas na pós também. Este ano estamos oferecendo uma especialização em Conservação Arquitetônica, num momento em que a importância do patrimônio edificado é inquestionável, seja para intervenção, seja para preservação.

Assim, nesta quinta a Profª. Sandra estará na SEAAQ para apresentar a pós... egressos, aproveitem a oportunidade!

Bate papo com a Profª Sandra sobre a Pós em Conservação Arquitetônica
Quinta- feira, 17/08/17
Auditório da SEAAQ/ sala CREA, Guia Lopes 680, sobreloja.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Copenhagen... saudades de uma cidade "perfeita"...

Esse é o hall na estação de metrô no aeroporto. Cada estação seguinte era mais bem feita, sempre com uma arquitetura simples, correta. Diferente de outras cidades, Copenhagen é a sofisticação "sem frecuras", ou seja, os dinamarqueses tem um jeito simples mas tudo é muito caprichado, acessível a todos, com informações claras mesmo para um estrangeiro. Qualquer um sente-se bem lá... acho que por isso me agradou tanto.

Minha esposa e eu chegamos a Copenhagen após passar o Ano Novo em Amsterdam na casa da minha irmã. Sempre sonhei em conhecer um país nórdico, os viking fazem parte do meu imaginário desde criança pequena. Assim, a expectativa era grande, aumentando as chances de decepção. Mas não... nã na nã na não... a capital do reino dinamarquês supera qualquer expectativa, é a cidade mais legal que já fui, (superou todas outras, e algumas que considerava imbatíveis) Copenhagen parece perfeita. Para mim, é claro.


O relógio da estação diz tudo: não precisa ostentar "superioridade" tecnológica, cultural, econômica e social, as linhas precisas mostram isso sem ser brega ou exagerado. Parabéns aos vikings!

Ficamos numa pousada muito simples - sofisticada num prédio que devia ser do séc. XVIII adaptado as necessidades e tecnologia atual, como tudo lá. A senhoria, uma enorme mulher da minha altura, porém bem mais larga, nos recebe com grande simpatia... mostra o quarto, a cozinha onde podemos pegar o que quisermos - ou trazer coisas que compramos e estocar ali - e o estar. Ou seja, a cerimônia necessária para que não nos sintamos perdidos e não exagerada para não nos sentirmos incomodados. Ou seja, diferente de outros lugares, não sinto aquela tradicional arrogância europeia, e isso se confirma no resto da estada, nos vários lugares que fomos. Enfim, após nos alojarmos, bati um longo papo com ela, fato que se tornou cotidiano todos as manhãs e fins de tardes.


A senhoria da pousada que ficamos nos disse, bem alegre, que estávamos com sorte pois teríamos um dia quente... e ela tinha razão!
O primeiro passeio, sempre a esmo... saímos a conhecer a cidade. E uma bela surpresa após a outra. Copenhagen é cortada por um canal onde inúmeras obras de arquitetura bem contemporânea foram construídas contratando com os prédios seculares e a orla, todos costurados por excelentes espaços urbanos. Como grande parte são prédios públicos, como a Biblioteca Real, a Ópera de Copenhagen, Museu Real, e outros, pode-se ficar dias caminhado de um lado para o outro, mesmo com o frio de temperaturas negativas e o vento que vem do gelado Estreito de Orsund.


As escadarias - arquibancadas na beira do canal que corta a cidade fazem uma interface muito agradável.

A sofisticação de sempre ao resolver a transição dos passeios na beira do canal para as edificações.

Uma das paradas obrigatórias foi no "Diamante Negro", como é chamada a Biblioteca Universitária de Copenhagen, parte da Biblioteca Real, um prédio inusitado, cortado pela avenida, que liga o rio a um antigo prédio, que guarda o Museu Real. O espaço interno e tão intenso como a forma externa, com um café de primeira e uma livraria que passaria dias lá folheando tanto livro interessante. Enfim, o professor aqui não tem muita grana, então, apenas um café para esquentar e pé na rua.


A Biblioteca Universitária de Copenhagen, parte da Det Kongelige Bibliotek (Biblioteca Real) da Dinamarca, também conhecido o "Diamante Negro". Bela arquitetura que resolve a transição da pré-existência (bem a esquerda - o parte do Museu Real) cruzando sobre a avenida para a margem do canal.
Saímos e ficamos admirando um conjunto de escritórios e docas do outro lado do canal... que bela resolução de paisagem urbana: rio + edificações contemporâneas + igreja secular em harmonia na mesma foto. E imagens assim foram se seguindo por toda orla. Um dia e tanto. E isso não era nem o começo, Copenhagen tinha muito mais para explorar.

As passarelas que unem as duas partes do "Diamante Negro"...
Do outro lado do canal, um conjunto de escritórios e docas - isso mesmo, docas - no Knipeelbrogade Havn (cais de Knipeelbrogade) com a torre da Christianskirke (uma igreja cristã de 1758) ao fundo. Belo contraste rio - edificações com formas puras - igreja rococó. Percebam que há sempre um intervalo entre as partes: 1º plano RIO - intervalo SOMBRA (do recuo) - 2º plano CALÇADA - intervalo SOMBRA (do recuo) - 3º plano EDIFICAÇÕES - intervalo ESPAÇO (em vidro) - 4º plano IGREJA. É esse intervalo que separa as partes que permite a clara leitura, isso é arquitetura bem feita.
Seguimos de volta para a pousada, e nos setores mais antigos, um espetáculo de janelas e portas, em edificações que fazem aquele fundo perfeito para o espaço público, como é comum em cidades tradicionais. Mas como disse, diferente de outros lugares, não é opressivo ou esnobe, são ruas belas e simples, com cafés, lojas, lojinhas, magazines, bares, hotéis, pequenos teatros, escritórios, centros de cultura, escolas, edificações públicas, enfim, não parece um cenário para impressionar, mas uma cidade para viver bem, com sofisticação e simplicidade. Eu ficaria por lá não fosse meus queridos alunos que tanto estimo aqui (neste não tão frio, mas que se passa mais frio) Rio Grande do Sul. Ficaria mesmo.
Passado e futuro, simplicidade e sofisticação, metrópole e província se encontram numa cidade que parece perfeita...
A retornar, de noite, vimos uma manifestação com velas e música numa esquina, perto de um parque, ficamos curiosos, pois não era possível entender dinamarquês... de manhã perguntei a senhoria, pois vi na capa do jornal, de folha inteira, e tive mais uma lição desse pequeno e belo reino. Era uma manifestação porque um jovem de 16 anos, morador de uma periferia qualquer, foi morto por uma "ganguezinha", dessas de adolescentes mais "delinquentes", e todos estavam chocados, afinal, a última vez que algo assim acontecia tinha uns 4 anos... eu disse, tentando esconder minha vergonha, mais ou menos o seguinte: "quem me dera morar num país que coloca a morte de um jovem numa capa de jornal, no meu país isso sai em nota de rodapé..." Ela demorou um pouco a entender, mas acabou compreendendo minha angústia.

Mais de Copenhagen - tem até um excelente museu da Zara Hadid - participe votando...

Próxima parada: Buenos Aires. Uma menina brincando com seu "perro" na praça junto ao MALBA. (Museo de Arte Latino Americano de Buenos Aires) Para resumir costumo dizer que se deve ir pelo menos a cada dois anos a capital de nossos vizinhos "hermanos", caso contrário corre-se o risco de emburrecer... é uma cidade que transpira cultura do café (sempre maravilhoso) da manhã ao vinho antes de voltar para o hotel. Foi num café da manhã, inclusive, onde surgiu as primeiras idéias para o Confusión Lounge... quem sabe faço um post do Confusión também...

domingo, 13 de agosto de 2017

Tóquio, a cidade do amanhã mesmo há dez anos atrás...

Um conjunto de serviços conectados a uma estação de metrô com praças e comércio em vários níveis e tudo fala com você. Bem vindo ao futuro.

É dificil descrever uma cidade como Tóquio, como acho que será difícil viver uma experiência como a de ter ido lá. Bem, primeiro porque se tem que viajar até o Japão, ou seja, atravessar o mundo, e isso leva algum tempo mesmo de avião. Porto Alegre - Guarulhos (Brasil), Johannesburgo (África do Sul) onde passamos o dia e pude visitar a cidade, Hong Kong (China) onde passamos um dia na volta e deu para conhecer também, e, finalmente, Tóquio, a metrópole do amanhã. (Não vou entrar no fato de que lá, no Japão, aconteceu algo memorável: o Inter derrotou o Barcelona e foi Campeão do Mundo. Eu estava lá e vi, é verdade, mas, vamos deixar isso de lado até porque hoje a situação do Colorado é bem, mas bem diferente...)
Bem, Tóquio impressiona... não, não só Tóquio, o Japão impressiona, do momento da chegada até a hora de ir embora, mas vamos ficar com Tóquio para não fugir a idéia da enquete... enfim, vou o contar o primeiro dia lá cheio de lições que deveríamos aprender e imagens que não consigo esquecer.

A linha de trem passando a frente do prédio de serviços. Percebam a qualidade na resolução da edificação, os japoneses são muito meticulosos, tudo é muito bem feito. Além, tem uma qualidade estética ancestral.
Lição número um: civilidade e respeito mesmo quando se está sozinho.

Chegamos ao aeroporto, traslado para o hotel, de luxo, numa área recém ocupada apenas com grandes edificações de serviço e hotelaria - show - acertei a divisão do espaço com meu companheiro de quarto, um senhor de mais de 60 anos que foi lá ver seu glorioso colorado ser campeão - epa, desculpa, não falo mas nisso, prometo - olhei o relógio, 21h, não tive dúvidas: tirei o tênis, coloquei a bota, pois devia estar perto de zero graus ou menos, casacão clássico pro frio e pé na rua, tô nem aí pros dois dias de viajem.
Enfim, desço até a recepção sem a menor idéia para onde ir, decido a direção, olho o mapa para não me perder (pessoal, a turma lá tem mania de escrever tudo em japonês, até os nomes das ruas, assim é melhor garantir...) e saio. Como era domingo e o bairro é de serviços, como disse, a essa hora não tinha uma viva alma na rua ou carros passando, mesmo.
Cheguei na calçada para atravessar e tinha dois senhores japoneses lá parados conversando (em japonês, não dava pra entender nada, assim, não me perguntem o assunto) e a sinaleira estava aberta para os carros mas não tinha nenhum carro vindo ou sequer com esperança de vir... tudo vazio. E os dois conversando no passeio, na frente da faixa de pedestres. Pensei eu: "ah, tão conversando, vou atravessar, normal né..." e quando ameaço partir percebo que eles me olham com aquela cara de "esses ocidentais são todos iguais..." resolvo parar e voltar.
Passa mais uns 30 seg, eu sem jeito, mas parado, e fecha a sinaleira para os carros, (e não apareceu nenhum ainda) abre para os pedestres e dois abrem um sorriso e seguem, como dizendo "agora sim, podes atravessar."
Gente, por isso, e por outras coisas, que entendo porque essa nação de totalmente devastada ao final da Segunda Guerra, em 30 anos já era uma das maiores potências do mundo. Que disciplina, que educação.

Imagem número um: a cidade do amanhã.

Olhem que maravilha de arquitetura neste acesso... Mies está feliz em seu túmulo. Esse pilares, a medida que escurece tem monitores que não se percebe e, então, acendem e passam informações, propagandas, etc., sempre que se aproxima.

Depois da lição noturna, no outro dia dei uma enorme volta em Tóquio que acabou em uma das primeiras imagens que guardo de lá. A cidade, enquanto a noite vai descendo, começa a se acender, de verdade... os pilares dos prédios e placas tem monitores incorporados, há vidros inteligentes por todos os lados (depois vou fazer um poste sobre "vidros inteligentes") que começam a ligar, e tudo fala com você, através de sensores. É uma sensação muito maluca. Você está andando, passa perto de um pilar e aparece uma japonesa que lhe diz algo, mais adiante, chegando a estação de metrô, as informações vão sendo passadas assim... em me senti como nas "minhas viagens" de como um dia seria o futuro, quando era criança.


A cidade acende de noite...

Mais, a cidade é construída em cima dela mesma, assim, tem os passeios na rua, mas logo acima, os prédios constroem passeios entre eles, para conectar mais rápido, com praças e lojas; então se passa o metrô por ali, isso, pelo meio do prédio, e com todo esse movimento já no terceiro andar da cidade, por que não colocar uma loja da Louis Vuitton ou da Apple? Claro, eles colocam. Aí você segue nessa "Esmeraldina" (aquela cidade cheia de caminhos do Ítalo Calvino no seu clássico As Cidade Invisíveis) do futuro e dá de frente com um cemitério, um templo, um recanto de tranquilidade... passado e futuro, tudo junto reunido e agora.


O acesso do Forum... quer mais, vote em Tóquio!

No fim desse dia cheguei ao Forum Internacional e Tóquio, do grande Arq. Rafael Viñoles. Para variar, a calçada acendia e tudo falava comigo, nesse caso, podia pedir até em português!
Aproveitem as fotos, isso só foi o primeiro dia... quer mais? Vote na enquete, Tóquio está encostando em Amsterdam. Ou prefere esperar e conhecer melhor Copenhagen?


Próxima parada: a capital do país dos vikings - Copenhagen. Você sabe aquele sensação que acontece quando você visita uma cidade e parece estar em casa, mais, que na verdade você deveria ter nascido ali. Pois é, com Copenhagen foi assim, foi difícil dizer até mais, a vontade era de ficar para sempre.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Amsterdam... relembrando uma viagem para a cidade que está muito além das coffeeshops!

Os tradicionais diques que existem por toda Amsterdam, estes na frente da casa da minha irmã, congelados, com seus patinhos característicos.
Algum distraído, e tem muitos por aí, pode achar que Amsterdam vive de coffeeshops e do famoso bairro da luz vermelha... mero engano, quem conhece um pouco mais Amsterdam sabe que o que menos importa nessa metrópole fantástica são as coffeeshops e o tal bairro. Claro, sempre se visita, pois seria como ir no Rio e não subir no Pão de Açucar, mas, diferente da inesquecível sensação que se tem ao subir de bondinho aquela maravilhosa pedra que se eleva mais de 400m acima da Baía de Guanabara, tanto o bairro, como as cofeeshops, passam desapercebidos.
Acho que só os que vão interessados apenas nisso é que curtem mesmo. Não é meu caso. A última vez que estive em Amsterdam foi em 2007/08. Desembarquei com minha esposa um pouco antes do Natal que fomos passar com minha irmã que mora na Holanda desde 1995, se não me engano. Era um belo dia e cidade estava branquinha da neve que caía naquela semana.
Já no Amstelpark, num lago congelado, o Marcos, meu sobrinho, e a Lia, sobrinha, patinando. Coisas para fazer no inverno gelado. Aqui, a gente se tranca em casa, só tem o Parque dos Macaquinhos... que saudade.
Naquele dia desfazemos as malas, e, no seguinte, mesmo com a baixa temperatura, saímos com minha irmã, o cunhado e meus três sobrinhos para o parque: é isso aí, lá se vai ao parque em dias gelados... como no inverno o dia começa lá pelas 8:30 e acaba logo depois das 16:30, deve-se aproveitar ao máximo esse pouco tempo de luz para passear.

PAUSA:

Aqui cabe um comentário sobre conforto ambiental: no outono e primavera, apesar dos dias ficarem iguais, a temperatura segue fria e a inclinação do sol em relação a Terra nessa latitude ainda deixa a luminosidade bem reduzida se comparada aos lugares próximos aos trópicos e Equador, por isso, na Holanda, Inglaterra, Dinamarca, norte do EUA, Canadá, Suécia, Noruega, enfim, nos países setentrionais, grandes aberturas de vidro para o Sul (que é o "Norte" deles) são aceitáveis, até recomendáveis, pois o problema deles é aquecer e iluminar, enquanto o nosso é o oposto, nos países tropicais precisamos nos proteger do excesso de sol. Mas os "tupiniquins" aqui adoram imitar os "evolídos" europeus sem saber porque eles fazem as coisas do jeito que fazem, aí dá nisso, prédios interios de vidro tomando sol de 30 - 40 graus por 9 meses... (Profa. Maria Fernanda, esse comentário é em sua homenagem, para incentivá-la a seguir firme na nossa cruzada por edificações com melhor desempenho térmico)

PLAY:

Enfim, subimos nas bicicletas, meio de locomoção oficial, e fomos para o Amstelpark, um belíssimo parque ao sul da cidade, razoalvemente perto da casa da minha irmã. Vou deixar de conversa fiada e vamos as fotos.
Observem o bom projeto de uma galeria de arte no meio do parque...
... e o detalhe da teia de aranha congelada.
A turma do barulho completa: faltava apresentar a Elisa, que é minha afilhada, além de sobrinha, sorrindo para a foto. Muita bagunça na neve! Hoje são todos adolescentes, estão enormes!!!
Mesmo no primeiro mundo existem mendigos... esse aí dormiu no banco do parque, só podia ser colorado.

Bem, se quer mais de Amsterdam, siga votando nela... tem muita coisa legal por lá, como na próxima cidade, Tóquio, a maior e mais moderna metrópole do mundo... aguarde.


Nossa próxima parada, Tóquio: vista do interior do Forum Internacional de Tóquio, do Arq. Rafael Vinoly, uma das grandes obras de arquitetura contemporânea... sua estrutura é impressionante numa cidade que é fabulosa. Tóquio é a cidade do futuro no presente. Aguarde...