terça-feira, 24 de outubro de 2017

Como será nosso curso...

Fonte: http://www.ideiademarketing.com.br/category/inovacao-2/
Tenho conversado com os alunos, seja no C8, seja no Carvi, que nosso curso está mudando, mudando para olhar para a segunda metade do século XXI e atender melhor aquilo que mais importa, seus acadêmicos.

Muitos já percebem significativa mudança de atitude do corpo docente, já é real a melhora dos Atelieres, TCC e Estágio, e muito se fala da mudança curricular. Vamos falar um pouco dela.

Mas porque é preciso fazer reformas? Porque o mundo muda e o que era novo há 8 anos atrás quando foi concebido o atual currículo já pode nem existir. O WhatsApp foi inventado há oito anos e pode-se dizer que faz 4 que está amplamente popularizado. O Uber também tem 8 anos e dois que realmente se popularizou no mundo. Ou seja, o nosso currículo atual foi implantado no tempo do Orkut e do SMS. Precisa ser atualizado. Tentem pensar no que era a tecnologia de 8 anos atrás, eu não tinha Facebook e o que eram os celulares, com botões, nada de tela touch...


Este é o modelo de celular que eu usava quando coordenava o curso na época de implantação do currículo atual, e era um telefone bem moderno pra época... Fonte: https://www.tecmundo.com.br/celular/78245-volta-passado-10-celulares-populares-2005.htm


As exigências para cursos de graduação também mudaram com o mundo. As gerações que hoje entram na universidade precisam muito mais de experiências positivas que as façam crescer e chegar a vida profissional que conteúdo, então, nosso curso vai diminuir em sala de aula e aumentar em extensão, colocando o aluno cada vez mais perto da experiência profissional, de viver mais arquitetura e urbanismo e menos aulas com slides, mais viagens orientadas e menos provas de múltipla escolha.

Outro ponto importante e usar as tecnologias para facilitar o aprendizado. Hoje as aulas ocorrem em inúmeras mídias, vamos utiliza-las, vamos permitir que o acadêmico possa estudar mais os conteúdos teóricos em casa e usar o espaço da sala de aula para a prática, a troca de experiência, a reflexão com o professor.

Enfim, as mudanças serão para melhorar, aperfeiçoar, o que já é muito bom e reconhecido: a qualidade do nosso ensino e dos nossos egressos!

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Quinta das Artes: Passado e Futuro das Imagens

quintas das artes com a professora mara galvani


"Participe da palestra "Passado e futuro das imagens", com ROSÂNGELA RENNÓ nesta quinta-feira, 19 de outubro, às 20h, no Auditório do Campus 8 da UCS.

Realização: Área do Conhecimento de Artes e Arquitetura / Cursos de Licenciatura e Bacharelado em Artes Visuais

Patrocínio: Essenza e Nadicler Modas

IMPERDÍVEL!!!

Sobre a artista:

ROSÂNGELA RENNÓ (Belo Horizonte, 1962) vive e trabalha no Rio de Janeiro. Formou-se em Artes Plásticas pela Escola Guignard e em Arquitetura pela Universidade Federal de Minas Gerais. É doutora em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Sua obra é marcada por apropriação de imagens descartadas, encontradas em mercados de pulgas e feiras, e pela investigação das relações entre memória e esquecimento. Em suas fotografias, objetos, vídeos ou instalações, trabalha com álbuns de família e imagens obtidas em arquivos públicos ou privados. Dedica-se também à criação de livros autorais. A artista, que é um dos grandes nomes da arte contemporânea, vem participando desde 1995 de exposições individuais e coletivas nacionais e internacionais nas principais galerias e museus do mundo. Entre os prêmios recentes destacam-se: CIFO Grants & Commissions (2014), Paris Photo - Aperture Foundation Photobook award - Photobook of the year (2013), ALICE Awards – Arte Política (2012). Últimos livros publicados são: Espírito de Tudo, Rio de Janeiro: Cobogó, 2017. Rio-Montevideo, Montevideo: Centro de Fotografia, 2015. Todo aquello que no está en las imágenes, Las Palmas: CAAM, 2014."

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Terças do Design: Fantasma da Ópera

terças do design com a professora aline fagundes

O Fantasma da Ópera - a versão do Campus 8 ganha os palcos do UCS Teatro

No próximo domingo, dia 22 de outubro, o musical produzido pelos alunos e professores de todos os cursos do Campus 8 será encenado no UCS Teatro. O espetáculo beneficente terá sua renda destinada ao projeto Médicos do Sorriso.



A versão do musical foi criada a partir do projeto “Música e Cena no Campus 8”, inspirado na obra “The Phantom of the Opera”, de Andrew Lloyd Webber e foi resultado de uma experiência interdisciplinar. O curso de Música atuou na preparação vocal, cênica e instrumental dos alunos, com direção da professora Suelen Matter. Os alunos do curso de Design de Moda fizeram a criação e confecção dos figurinos, nós, do curso de Design, ficamos responsáveis pela identidade visual do projeto e os cursos de Arquitetura, Artes Visuais e Design de Interiores trabalharam no projeto cenográfico do espetáculo, em um curso de extensão ministrado pela professora Roberta Tiburri.

No dia 6 de julho apresentamos o espetáculo no auditório do Campus 8, em duas sessões lotadas. Foi emocionante! Compartilho algumas fotos desse dia inesquecível.






Os ingressos estão disponíveis para comercialização na UCStore a R$ 30. Estudantes e idosos têm direito à meia-entrada.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

A cidade imutável de Zora e as inevitáveis mudanças que temos que fazer...

Craco
A cidade esquecida de Craco na Itália. No seu caso, foi abandonada após um terremoto, suas estruturas comprometidas fizeram os habitantes irem embora. Na vida enfrentamos muitos terremotos e aqueles que não conseguem mudar para se adaptar acabam desaparecendo também, como nos conta a cidade de Zora... (fonte: https://theworldyourhome.com/2013/09/24/craco-a-ghost-town-in-italy/)

Demorou um pouco, mas vamos a outra das fantásticas Cidades Invisíveis de Ítalo Calvino... a cidade de hoje vem num momento em que nosso curso se prepara, novamente, para uma grande mudança, que será devidamente explicada, discutida, ajustada, assim que suas diretrizes básicas estiverem prontas... e são mudanças como já venho falando, para nos colocar pra frente, para manter nossa vocação de curso inovador... é, mudar é preciso, ou viramos Zora.
Ao se transporem seis rios e três cadeias de montanhas, surge Zora, cidade que quem viu uma vez nunca mais consegue esquecer. Mas não porque deixe, como outras cidades memoráveis, uma imagem extraordinária nas recordações. Zora tem a propriedade de permanecer na memória ponto por ponto, na sucessão das ruas e das casas ao longo das ruas e das portas e janelas das casas, apesar de não demostrar particular beleza ou raridade. O seu segredo é o modo pelo qual o olhar percorre as figuras que se sucedem como uma partícula musical da qual não se pode modificar ou deslocar nenhuma nota. Quem sabe de cor como é feita Zora, à noite, quando não consegue dormir, imagina caminhar por suas ruas e recorda a seqüência em que se sucedem o relógio de ramos, a tenda listrada do barbeiro, o esguicho de nove borrifos, a torre de vidro do astrônomo, o quiosque do vendedor de melancias, a estátua do eremita e do leão, o banho turco, o café da esquina, a travessa que leva ao porto. Essa cidade que não se elimina da cabeça é como uma armadura ou um retículo em cujos espaços cada um pode colocar as coisas que deseja recordar: nomes de homens ilustres, virtudes, números, classificações vegetais e minerais, datas de batalhas, constelações, partes do discurso. Entre cada noção e cada ponto do itinerário pode-se estabelecer uma relação de afinidades ou de contrastes que sirva de evocação a memória. De modo que os homens mais sábios do mundo são os que conhecem Zora de cor.
Mas foi inútil a minha viagem para visitar a cidade: obrigada a permanecer imóvel e imutável para facilitar a memorização, Zora definhou, desfez-se e sumiu. Foi esquecida pelo mundo.

Calvino, Ítalo. As Cidades Invisíveis. Tradução Diogo Mainardi. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. A primeira edição é de 1972...

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Viagem orientada para Pelotas

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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelotas
O professor Matheus Chemello está organizando uma viagem para Pelotas, que além da importância histórica, também tem um acervo belíssimo de ecletismo construído aqui no RS. Sempre repito: nossos livros são os prédios, nossas bibliotecas são as cidades... aproveitem essa leitura qualificada!

Programação

Data: Saída no dia 10/11 às 19:00 hrs e retorno no dia 12/11 às 15hrs, 2017
Local de Saída: CARVI - UCS
Contato: mgchemel@ucs.br

Sábado, 11/11:
Charqueada São João; Centro da cidade; Porto de Pelotas; Cervejaria Sul-riograndense; Cervejaria Brahma; Fábrica de Massas. Cotada; Armazéns do Porto; Edifício da Alfândega; praça Coronel Pedro Osório; Teatro Guarany; Biblioteca pública municipal; Teatro Sete de Abril; Catedral de Pelotas; Grande Hotel, Banco do Brasil, Empreza de Pompas Fúnebres e Clube Caixeiral; Mercado Público de Pelotas.

Domingo, 12/11:
Edifícios do centro de Pelotas, Beneficiência Portuguesa (hospital); Praça Piratinino de Almeida (caixa d'água de ferro); Museu da Baronesa.

-Reconhecimento do patrimônio eclético e protomoderno da região;
-Diferenciação de edifícios ecléticos de base luso-brasileira, pastiches e exemplares historicistas;
-Desenvolvimento do Protomoderno durante o Estado Novo;
-Tipologias industriais ecléticas;
-Tipologias protomodernas.

+ em:

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Quintas das Artes: Exposição Rosângela Rennó

quintas das artes com a professora mara galvani




"Aula com Rosângela Rennó, uma da principais artistas contemporâneas brasileiras!!!!


Quinta-feira, 19 de outubro, às 20h, no Auditório do Campus 8.

Será fornecido atestado de atividades complementares para os alunos da UCS!

Imperdível!"

Amsterdam: como os espaços abertos para a população foram ganhos ao longo de quatro décadas...

Na última vez que ficamos em Amsterdam, a Helena ainda não era nascida, chegamos num dia de neve para visitar minha irmã quando ela ainda morava lá. Esta é a vista do edifício dela, as vias que se vê junto aos diques são para pessoas e bicicletas. Observem que existe espaço para carros, mas é menor e menos importante.

Quem conhece Amsterdam a reconhece por espaços abertos para população, muitas bicicletas, que tem prioridade no trânsito, seus "trams", enfim, por uma cultura em que o automóvel já não é mais o centro de tudo. Mas não foi sempre assim.

O vídeo acima mostra exatamente como começou essa transformação toda: uma cidade densa, com  apenas ruas para as crianças brincarem, mas que estão entupidas de carros. Então, da necessidade urgente de espaços abertos, começa a ver que as cidades são para as pessoas, não para automóveis.

Ainda estamos longe disso por aqui, sei disso, recentemente quase que meus filhos foram atropelados em cima da calçada por uma moto que resolveu "escapar" do congestionamento, preciso desviar constantemente de carros estacionados nos passeios, ou seja, mesmo quase todo nosso espaço seja destinado aos veículos, ainda assim, o pouco que sobra para pessoas é constantemente invadido.

Mas é interessante saber que há quatro décadas, cidades que hoje são referência, como Amsterdam e Copenhagen, tinham os mesmos problemas, ou seja, podemos mudar também, mas precisamos ter essa visão de médio, longo,  prazo (não é rápido) e a coragem de enfrentar o problema e dizer: menos espaços para carros.


Claro, sempre teremos os argumentos que não dá pra andar de bicicleta no frio, ou em cidades que tem relevo acidentado. Mas o que os alunos do Urbano Projeto 4 vão descobrindo enquanto pesquisam cidades que vem mudando nas últimas décadas é que nem frio nem relevo é um problema quando se quer construir "cidades para as pessoas", como diz Jan Ghel.

No mesmo dia fomos todos de bicicleta até um grande parque, com três crianças pequenas, neve e frio, porque não?
Além de privilegiar as bicicletas, pessoas e transporte coletivo, Amsterdam investiu pesado em grandes parques e requalificação de peaças e qualquer espaço aberto que houvesse, equipando-os para que a população, independente da sua classe social, possa usar a cidade, conhecer os diversos bairros, conhecer uns aos outros, dar o sentido de "cidadão" a sua população.

Olhem a turminha aí na maior diversão. No fundo uma galeria de  arte que fica no parque, e assim como outras estruturas, como cafés, funcionam no inverno e além do uso específico, também se usa para se aquecer quando se está há muito tempo na rua. 
Amsterdam está longe se ser perfeita, mas já andou um bom caminho no que diz respeito a valorizar sua população. E como vimos no vídeo, há quarenta anos era como nossas cidades, todo espaço destinado para os automóveis.

Os grandes estacionamentos de bicicletas por toda Amsterdam. Olha a minha mana com minha esposa e sobrinhos em mas um passeio de "bike" pela cidade...

Curiosamente, hoje as bicicletas são um problema para cidade, pois tudo em excesso é ruim, e o uso intensivo, e priorização, da bicicleta lá faz com que ela, hoje, ocupe espaço demais, cause problemas pelo seu descarte inadequado, entre outros. Amsterdam anda vendo como resolver isso, mas esperem chegar no Urbano 4 para descobrir.


Hoje as bicicletas tem se tornado um problema para cidade: tudo em excesso é ruim...

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Terças do Design: Habitats de Inovação - Oficinas de Cocriação

terças do design com a professora aline fagundes


"Habitats de Inovação - Oficinas de Cocriação

A inovação social é um assunto que está em destaque na formação em design e tem auxiliado os alunos e professores do Campus 8 e do CARVI a projetar pensando na importância da empatia para o desenho de produtos e serviços.



No final do mês de setembro, o curso de Design promoveu as oficinas de cocriação, Habitats de Inovação para Tecnologias Assistivas, em parceria com a empresa Mercur. Nos dois dias do encontro, os alunos e demais participantes desenvolveram projetos nos temas bota inclusiva e estabilizador de cabeça. O objetivo desses encontros foi o de projetar soluções que ajudem a melhorar a vida das pessoas a partir de necessidades legítimas e da convivência com elas.


Saiba mais sobre o Laboratório de Inovação Social da Mercur e curta a página do Design Center no Facebook."

Semana Acadêmica do CARVI: hoje e amanhã tem mais!

Ainda temos muitas atividades legais acontecendo e que irão acontecer. A oficina para Projeto da Sala de Convivência dos DAs, com as professoras Eliza e Kátia começa hoje e segue até amanhã. Para quem se interessa em melhorar sua apresentação, a Gabriela vai ministrar amanhã uma de Programação Visual, e quem quer aprender a gerar relevos, curvas de nível, através de software o professor Marcos ministra uma de Modelos Digitais de Elevação.

E ainda tem a palestra de conforto termo-acústico em esquadrias. Aproveitem!




Semana Acadêmica no CARVI: foi dada a largada!

A imagem pode conter: 4 pessoas, pessoas sentadas
Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10214446088495097&set=a.2984220893643.2148841.1505636637&type=3&theater
A largada da Semana Acadêmica foi um sucesso com a rústica UCS DAY RUN que teve centenas de participantes e muito bem organizada. Ontem a palestra de abertura cheia e a oficina da professora Patrícia também foi um sucesso.


Temos as belíssimas exposições fotográficas das viagens do curso e da Mostra Fotográfica Arq Tur no hall de entrada. 




Hoje seguimos com as oficinas das professoras Margit e Pauline e palestra da Idea 1, entre tantas outras atividades.







sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Quintas das Artes: Exposição de Celso Bordignon

quintas das artes com a professora mara galvani


"Exposição de Celso Bordignon convida a fazer um itinerário pela obra do artista

Porto Alegre – RS (Atelier Livre) 1980-1983, São José do Norte (Escola de Belas
Artes Rio Grande) 1984-1987, Porto Alegre, 1988, Rio de Janeiro (Parque Laje) 1989-1990,
Caxias do Sul – RS, 2000-2017. Essas são algumas das cidades vividas por Celso Bordignon
dos anos de 1980 até hoje, trabalhando como Frei Capuchinho, exercendo a docência,
frequentando ateliers de arte e desenvolvendo seu trabalho visual. Desses lugares e períodos
percorridos por Bordignon surge e exposição ITINERARIUM MEUM, sob organização e
expografia da professora da Área de Conhecimento de Artes e Arquitetura da UCS, Mara
Galvani.

Aberta nesta quinta-feira, 05 de outubro de 2017, às 19h40min, na Galeria de Arte do
Campus 8 – UCS, Itinerarium Meum reúne 74 obras em desenhos e pinturas realizadas em
diferentes técnicas, suportes e dimensões que representam um pouco da trajetória de mais de
1000 obras do artista, seu pensamento, suas pesquisas, seus processos de criação
desenvolvidos do bico de pena, grafite, lápis de cor, sanguínea, pastel seco, nanquim e
aquarela sobre papel ao acrílico sobre tela, acrílico sobre eucatex, têmpera ovo sobre madeira,
como também, encáustica sobre madeira. Os lugares e os contextos vividos pelo artista
influenciaram diretamente nas técnicas e materiais utilizados em suas produções sem, no
entanto, impedi-lo de trabalhar diariamente. De acordo com Bordignon, como estudante de
teologia e vivendo em seminários, os recursos eram escassos e trabalhava-se com materiais
encontrados, reaproveitados e possíveis de transportar. A dificuldade em transportar as obras
em grandes formatos é um dos motivos pelos quais apenas a obra Studio di uma mano
produzida no período em que viveu em Roma integra a exposição. Os demais ícones
religiosos criados pelo artista quando viveu lá, durante a realização do Mestrado e do
Doutorado em Arqueologia Cristã, pelo Pontifício Instituto de Arqueologia Cristã (PIAC),
foram deixados na Itália

Convidamos o visitante a fazer um itinerário pela obra de Celso Bordignon saindo de
Porto Alegre, passando por São José do Norte, voltando a Porto Alegre, indo ao Rio de
Janeiro e finalmente, chegando a Caxias do Sul através de alguns estudos, seja para uma Via
Sacra ou uma Crucificação, croquis de carrancas, naturezas-mortas e autorretratos do artista.
Nesse percurso também serão encontrados alguns trabalhos que apresentam símbolos de
Cristo, mãos de Cristo, alguns ícones e algumas produções das Séries Chico, Quero voar,
Saponíferas, Ceríferas, Cosquíferas, Bestiário, Bestias e obras como O Salvador, A Dormição
de Maria, A Anunciação, Nossa Senhora da Ternura Korsun, Nocturnus Dominus,

Discinctum, Caeli Signo, Spinus, Putridus. Após a abertura da exposição convidamos os
presentes a participarem da conversa com o artista no Auditório Marelli.
Itinerarium Meum, exibida até 30 de outubro, no Campus 8, tem um caráter também
didático, pois Bordignon, que foi professor do Curso de Artes Visuais da UCS, pretende que a
exposição chegue aos acadêmicos propondo uma reflexão sobre a importância do desenho, do
estudo e do trabalho persistente no processo de criação do artista, através desse percurso em
que o foco não é a obra final, mas os caminhos para se chegar até ela."


quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Quartas da Moda: A moda unindo profissionais

quartas da moda com a professora adriana conte




"O Simpósio Nacional de Moda da UCS iniciou em 2005, sempre reunindo profissionais de destaque nacional e internacional com grande experiência nos aspectos sociológicos, de consumo, mercados futuros, sustentabilidade, criatividade e inovação.

Neste ano, o curso de Moda da UCS completa 25 anos de sucesso e inova também no formato do Simpósio, que ocorrerá em um domingo, no campus 8, à partir das 12h.

Além de palestras e mesas-redondas, teremos espaços de interação entre os participantes: exposições, venda de artigos confeccionados pelos alunos que já possuem marca própria, lançamento de livros e espaços diferenciados para alimentação!

Um domingo diferente, sem interferir nos horários de aula ou de trabalho, para conviver e ampliar conhecimentos, como propõe o tema do Simpósio: Pessoas e Conexões.

Um grande número de palestrantes, em um único dia, com o valor de uma única palestra!

Ao mesmo tempo, um preço especial para todos nossos ex-alunos de Moda, que são os grandes homenageados desse momento, junto aos professores que fizeram e fazem o curso crescer e se atualizar constantemente."

PROGRAMAÇÃO:

Domingo, 22 de outubro de 2017 – A MODA REÚNE SEUS PROFISSIONAIS

A partir das 12h: Exposições, lançamento de livros: "Economia da Moda - Porque um modelo de negócios vale mais do que uma boa coleção" de Enrico Cietta e “Técnicas de Modelagem Feminina” de Ana Laura Marchi Berg, feira de produtos confeccionados pelos alunos e espaços diferenciados para alimentação.

14h às 14:50h – TECNOLOGIA, o têxtil no séc. XXI: Mesa-redonda com empresários do setor têxtil de moda com Maria Anselmi – diretora / Anselmi, Paola Reginatto – diretora / Sultextil e José Carlos Trujilo – diretor / ITM.

15h às 15:50 – INOVAÇÃO, estratégias comerciais: Mesa-redonda com profissionais de diferentes setores de moda com Carlos Anúncio Michelin – diretor / Paramalhas, Fabio Shimabukuro Sandes – marketing / ITM e Pedro Sehbe – diretor / Magnabosco.

16h às 17:20 - IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA PARA O DESIGN: Jörg O. Hartmann – Stoll, Alemanha. Designer especializado em malhas nas mais diversas áreas: esportes, aplicações técnicas e médicas, interiores, artes e mídia digital. Chefe de moda e tecnologia na H.Stoll, Alemanha. Diretor da Stoll Fashion & Technology International,Shanghai, planejamento, configuração e gerenciamento do Stoll Fashion & Technology, NY. Palestrante internacional em inovação e tecnologia têxtil em Londres, Milão, Turquia, NY, Xangai, Hong Kong. Consultor criativo na MISSONI Itália, desenvolve oficinas para Adidas, Apple, Diesel, Nike, Zara, entre outras.

17:30 às 18:50 - A ECONOMIA DA MODA: Enrico Cietta – Diomedea, Itália. Sócio-sênior da Diomedea. mestre em Economia pela Victoria University de Manchester, professor no "Master in Luxury and Fashion Management", na Business School Sole24Ore e na Università Cattolica del Sacro Cuore. Especialista em APLs e modelos de negócios das indústrias criativas híbridas. Consultor em mais de 50 empresas brasileiras e executor, em parceria com a UNIETHOS, de projetos com Zara Brasil e Pernambucanas. Autor de vários livros e palestrante na Itália, Brasil, Portugal, Espanha, Japão, Índia e Emirados Árabes.

19h às 20h - LUXO & SUSTENTABILIDADE, novos conceitos: Mesa-redonda com designers de moda com João Pimenta, Carlinhos Bacchi e Walter Rodrigues.

+ em
https://www.ucs.br/site/eventos/


terça-feira, 3 de outubro de 2017

Terças do Design: Yes, nós temos um podcast!

terças do design com a professora aline fagundes

"Yes, nós temos um podcast!


Podcast é um arquivo de áudio, produzido e editado para ser transmitido via internet. O termo foi utilizado pela primeira vez no ano de 2004, trazendo junção de dois termos do mundo tecnológico: iPod (quem lembra do player de músicas criado pela Apple?) e broadcast (palavra em inglês que significa transmissão).

Essa forma de publicação de arquivos de mídia digital possibilita a abordagem de vários assuntos: podcasts literários, sobre arquitetura, política, artes, etc. Inspirados pela possibilidade de ampliar os nossos diálogos, sempre tão produtivos sobre design, criamos o nosso próprio podcast: o Design Multiverso, com o intuito de mostrar todas as vertentes do design.

Produzido, gravado e editado pelos estagiários do Design Center, Mauricio Pedroni e Rhanon dos Santos, o podcast já tem dois episódios que podem ser acessados via Soundcloud, e em breve estará disponível nos demais players de podcast.

O episódio piloto foi gravado com o professor Rodolfo Dalla Costa, que falou sobre a Semana Acadêmica do Campus 8, e no programa mais recente conversamos com o professor Julio Colbeich, que fala sobre a jornada acadêmica de um professor de design.

Você pode acessar o podcast aqui."

domingo, 1 de outubro de 2017

A construção do território de Amsterdam numa visita ao Castelo Muilderslot

A entrada do Castelo Muilderslot com seus torreões e pótico de entrada com ponte elevadiça e fosso. Fortificação clássica da Idade Média, razão pela qual o castelo é muito usado em filmes e series de TV.
Voltamos ao século XII: o território que hoje está Amsterdam é uma área alagadiça entre os rios Amstel (que dá o nome a cidade - Amstel damme - dique do rio Amstel) e o Schinkel, que fora ocupado por pescadores vindo do norte (Frísia) que resolveram ficar por ali mesmo, pois era uma área aparentemente boa para um porto, já que ficava numa baía que se formou depois que o Zuiderzee (lago que ficava na área central do que hoje é os Países-Baixos) foi sendo alagado desde o século V, principalmente pelo aumento do nível do mar, alterando radicalmente a geografia dessa parte da Holanda e obrigando-os seus habitantes a desenvolverem duas tecnologias que os tornaram célebres: os diques e os polders. O primeiro para conter e controlar o nível da água e o segundo que se utiliza do primeiro para gerar grandes áreas de agricultura.

Esse mapa bem num estilo medieval mostra o território dos Países-Baixos naquela época. Amsterdam é a "irmã mais nova" das principais cidades dessa nação, datada de 1275 já no séc. XIII (ao Sul, Utrecht, é do séc. VII e ao Norte, Haarlem, é do séc. X, e ambas já eram povoadas na época do Império Romano; Arnhem, mais ao Lests, é do séc. IX e Rotterdam, ao Oeste, é do séc. X).
Enfim, protegidos no fim do Zuiderzee e com saída garantida para o Mar do Norte, esse povoado foi crescendo e no séc. XIII ganha o status de cidade ao consquistar o direito de não pagar impostos para usar suas pontes, dando início a uma tradição de liberdade, tolerância e comércio. No mapa acima se vê o território do que um dia seria os Países-Baixos como era na Idade Média: bem ao norte o território da Frísia, de onde vieram os fundadores da cidade, ao Leste, a Holanda, (dividida entre Holanda do Norte e do Sul) Utrecht e Gelderland ao Oeste. A grande porção de água no meio é o Zuiderzee, que garantia a Amsterdam uma saída segura para o Mar do Norte e para o comércio, fator de grande importância para sua Idade de Ouro no séc. XVII.
Minha sobrinha correndo para nos alcançar há 10 anos atrás: ficou distraída com as armaduras no pórtico de entrada e hoje é uma adolescente.
O Castelo Muilderslot é bem desse período: sua primeira construção data de 1280 e sua reconstrução de 1370. Era mais utilizado como posto de "pedágio" para os mercadores de Utrecht (uma das mais importantes cidades da época) que precisavam descer o Rio Vecht para chegar no Zuiderzee e sair para o Mar do Norte, e por isso, quando as cidades se desintendiam, usado para defesa tanto dos exércitos de Utrecht como de Gelderland, mais ao Oeste, que tentou por um tempo controlar esse território estratégico. No séc. XVI virou residência de verão de um grande poeta holandês; no séc. XVIII, tornou-se prisão; foi abandonado e iria ser demolido quando o Rei William I interviu e após muitos anos foi tansformado num museu temático, bem interativo, da Idade Média, parte do Rijksmuseum (Museu Nacional) dos Países-Baixos, onde as crianças, e adultos, podem se divertir bastante enquanto aprendem a história dessa cidade, e país, tão fascinante.

Meu cunhado, as pequenas gêmeas e minha esposa no antigo poço do castelo.
Mas seguindo a história, depois de se estabelecer como porto mais importante da Holanda, Amsterdam, assim como suas cidades vizinhas, era parte do Sacro Império Romano (da disnastia dos Habsburgo, de Carlos V, que mandava na metade da Europa, incluindo a Espanha) e já muito influênciada pelo Calvinismo e com ambições de liberdade. Assim, em 1579 rompeu com o Império na União de Utrecht, iniciando, aí, uma serie de conflitos que deflagam a Guerra dos 80 anos entre Espanha (já sob poder de Filipe II, filho de Carlos V) e os nascente Países-Baixos. Essa guerra repercute aqui. (lembram da invasão holandesa no Brasil, então, é nesse período, pois Portugal era parte da Espanha)

Acima, o bobo da corte... além dessa vestimenta, podia experimentar a de nobre, servo, etc...
As gêmeas num duelo de cavalaria medieval. O museu é interativo, existem vários "brinquedos" onde as crianças e adultos se divertem.

Uma bela veste mediavel com o clássico leão que é o símbolo da Holanda.
Mas sem alongar essa parte, o que importa é que com a independência, Amsterdam se torna cada vez mais uma cidade aberta, de forte comércio, para onde judeus e protestantes perseguidos nos seus países procuram abrigo e encontram lá um porto seguro, fazendo-a ser conhecida como a Veneza do Norte, que era a cidade mercantil mais importnate do período, também reconhecida por sua tolerância e diversidade, além dos canais. Nesse período a vive seu período de ouro, e este pequeno país cria a maior companhia da história, até então, a Companhia das Índias Orientais, que estabelece colônias por todo mundo.



As pequenas na passarela tentando olhar por cima do corrimão. Percebe-se a tipica construção de edificações medievias, robustas com as ameias e seteiras para os arqueiros e demais unidades de defesa se posicionarem.
Enfim, a Holanda vira uma potência mundial e Amsterdam, por sua posição geográfica favorável e "mente aberta", se torna uma das grandes cidades européias. Passa por alguns períodos difíceis quando a Holanda entra em declínio com a ascenção do que se tornaria o maior império na Idade Moderna, o Britânico e depois com a invasão francesa, por Napoleão. Volta a crescer e se reergue em definitivo após a Segunda Guerra Mundial, quando foi invadida pela Alemanha. Durante esse período foi construído o Canal do Mar do Norte, (1865-76) facilitando o comércio; a cidade se reformou aos moldes de Paris; expandiu-se para o sul, onde Berlage (tema de outro post, mais adiante) grande arquiteto holandês, projetou uma das expansões de cidade mais bem sucedidas até hoje.

No fim do passeio o tio serve de estátua para as sobrinhas se divertirem sobre antigos projétis (bolas de pedra) que eram atirados sobre os inimigos.

No início do séc. XX um enorme dique foi construído no norte do Zuiderzee, criando um lago interior, e depois outro, dividindo esse lago ao meio. Essas construções criaram novos polderes, definindo o território dessa porção da Holanda e provaram-se úteis tanto como defesa das cheias, como sendo reservatório de águas doce para épocas de secas em Amsterdam. Enfim, Hoje é uma metrópole com mais de 700mil hab na cidade e 2 milhões na região metropolitana, uma das maiores economias da Europa e reconhecida por sua tradição de tolerância e comércio. Como disse no primeiro post, Amsterdam é muito além do bairro da luz vermelha e dos coffeshops, eles só são a consequência de uma cidade que se construiu compreendendo as diferenças e achando espaço para a convivência pacífica e civilizada delas.

Ao invés de segregar, incluir: protestantes, judeus, quem estiver sendo perseguido, trazendo "mentes" e "talentos" para seu território - e faz isso até hoje; ao invés de criminalizar, controlar: prostituição, uso de drogas, para pelo menos coibir a exploração e a violência, uma vez que parece impossível evitar tais práticas. É, eles são práticos... curioso, uma cidade que foi fundada por seus colonos, após serem expulsos de Recife, herdou pra valer a primeira característica, a de ser um porto aberto ao mundo. Seu nome: Nova Amsterdam, hoje conhecida como Nova Iorque.